Em cerimônia realizada na manhã do dia 2 de maio, o tenente-coronel Mário Alves da Silva Filho assumiu o comando do 1º Batalhão de Policiamento de Choque, substituindo o tenente-coronel Ricardo Augusto Nascimento de Mello Araújo.
Durante o seu discurso de posse, o novo comandante ressaltou a gratidão por estar à frente da corporação. “É com grande alegria e imensa satisfação que recebo o comando do histórico 1º Batalhão de Polícia de Choque – Batalhão Tobias de Aguiar – Rota, do meu amigo de Turma, o tenente-coronel PM Ricardo Augusto Nascimento de Mello Araújo, um dos mais jovens e brilhantes Oficiais da Turma Revolução, com quem convivi cinco anos e oito meses na Academia de Polícia Militar do Barro Branco e que possui uma carreira excepcional, cujo ápice foi o comando deste Batalhão. Uma das suas maiores realizações, dentre várias outras, foi promover a reforma do prédio do Batalhão Tobias de Aguiar, algo que há muito se desejava”.
Emocionado, disse estar realizando um sonho de infância “Eu tinha um sonho e quando temos um sonho, e ele é verdadeiro, este cria vida, se enraíza em nós e acaba acontecendo pela força que só os sonhos têm. Sem sonhos, a vida não tem brilho. Sem metas, os sonhos não têm alicerces. Sem prioridades, os sonhos não se tornam reais. Sonhe, trace metas, estabeleça prioridades e corra riscos para executar seus sonhos e esse meu sonho, meus amigos e minhas amigas, o sonho de um jovem Oficial da Polícia Militar se realizou em 29 de março de 2019, quando o Diário Oficial daquela data trouxe a publicação de meu nome como comandante do Batalhão Tobias de Aguiar. Assim, eu lhes digo: sonhem, desejem, queiram, mas nunca deixem de trabalhar e se esforçar para que este sonho se torne realidade. Estejam sempre preparados para as missões que a vida nos impõe. Sejam resilientes e perseverantes, não esmoreçam, não se deixem atingir pelas agruras e dificuldades da vida”.
Sobre a sua carreira, o novo comandante frisou que apesar dos 33 anos na companhia, sendo 27 deles como Oficial da Polícia Militar, “sinto-me como o jovem tenente que comandava um Pelotão de Rota há 25 anos. “Muito me enobrece e honra em ver vários dos veteranos que aqui se encontram, os quais estiveram ombreados comigo nos anos em que passei neste Batalhão como tenente e que hoje prestigiam esta solenidade. A todos os senhores, veteranos boinas negras, presto minha continência; foi nos senhores, meus amigos, que me espelhei durante toda minha vida e são os ideais que os senhores construíram que me balizo e que lutarei para preservar até o fim de meus dias”.
Para o tenente-coronel Ricardo Augusto Nascimento de Mello Araújo, ‘foi uma honra servir esta unidade, um batalhão reconhecido mundialmente e ter ficado à frente dele, por quase 2 anos. Chega o momento em que precisamos saber a hora certa de ir embora, e vejo que esta é a hora certa. Entregamos o batalhão totalmente restaurado, sem um centavo do Estado, com esforço de todos os policiais que trabalham aqui, dos amigos e de empresários. Acredito que este seja o maior legado deixado durante a minha passagem. Saio com o sentimento de dever cumprido e de alma lavada. Agora é momento de cuidar da família”.
Durante o seu comando, o batalhão intensificou a realização de simulados como de roubo a banco, roubo a caixa eletrônico, roubo a carro forte, tarefas que ajudaram a melhorar a eficiência das ações da Rota no dia a dia. “Buscamos sempre melhorar a qualidade do serviço oferecido”, finalizou.
O juiz Ronaldo João Roth pontuou que “a cerimônia significa uma renovação de esperança para a Polícia Militar e para a sociedade, além de ser um ato simbólico e que muito orgulha a todos os presentes. Além disso, é uma alegria muito grande voltar aonde já estive e ajudei a construir um pouco desta história”.
Já o coronel Salles, comandante-geral da Polícia Militar ressaltou que “a alegria deste encontro e importância de uma cerimônia deste porte, engrandece ainda mais a Rota, que é um órgão fundamental no atendimento aos brasileiros de São Paulo”.
Para o coronel Álvaro Camilo, secretário executivo da Polícia Militar, “esta é uma unidade histórica, admirada pela população e reconhecida pela sociedade, respeitada e temida pela marginalidade, o que é muito importante. Além disso, a Rota está presente no dia a dia, propiciando segurança, fazendo frente às ocorrências mais complexas existentes no Estado, aquelas ocorrências mais graves, uma tropa preparada para isso”.
O 1º BPCHq foi criado em dezembro de 1891, como o nome Corpo Militar de Polícia. A unidade é subordinada ao Comando de Policiamento de Choque e possui quatro companhias, criadas em outubro de 1970, sob o nome de Rota.
Os três focos principais do batalhão são o policiamento tático, escolta de presos, de autoridades e de valores, além do controle de distúrbios civis. O efetivo da unidade atua na capital, Grande São Paulo e em algumas cidades do interior em ocasiões específicas, por exemplo, a Operação Verão.
Em 2018, o 1º BPChq prendeu 1,7 mil pessoas, apreendeu 7,5 toneladas de drogas e retirou 204 armas ilegais das ruas. Somente no primeiro trimestre, foram 193 prisões, 45 armas e 219,9 litros de entorpecentes apreendidos.
Matéria originalmente publicada pelo jornal Semanário da Zona Norte. Clique aqui e visualize o seu conteúdo completo.