Não é surpresa nenhuma para os moradores da Zona Norte, as constantes reclamações oriundas do Hospital do Mandaqui.
Os problemas são inúmeros, com corredores lotados de pacientes, demora no atendimento e funcionários sobrecarregados. O assunto vem tomando conta da grande mídia, tanto que a TV Globo, noticiou no último dia 17, no programa Bom Dia São Paulo, um dos principais programas jornalísticos da emissora, a superlotação existente no hospital e as inúmeras dificuldades enfrentadas para os pacientes que buscam ali um tratamento adequado para curarem suas respectivas enfermidades.
Porém, quem está doente é o próprio Hospital, que não recebe grandes investimentos desde 2012, onde R$ 65 milhões foram designados para reformas e mudanças estruturais do espaço. Até um heliponto foi construído no local. Na época, houve um aumento significativo de cirurgias, passando de 4,8 mil para 7,2 mil cirurgias por ano, e foi só. Na época, o conjunto hospitalar era dirigido pela dra. Magali Vicente Proença, que ocupou o cargo por quase 10 anos.
Mas não é somente a situação do dia a dia que preocupa, pois atualmente, o Conselho Gestor do Hospital do Mandaqui briga juridicamente com a atual diretoria, provocando um caos administrativo. Criado em 1996, o Conselho Gestor promove atividades com voluntários e usuários, além de realizar reuniões públicas mensais que discutem os problemas do Hospital, ajudando no constante debate, visando o crescimento e melhoria do espaço.
Devido a ampla divulgação realizada pelos mais diversos órgãos de imprensa, assim como o Semanário, a discussão foi levada para a Comissão de Saúde da Assembleia Legislativa, que debaterá o assunto, no próximo dia 5 de fevereiro, às 14 horas. Esperamos que o bom senso prevaleça e que o Hospital volte a ser uma referência na região.
Matéria originalmente publicada pelo Jornal Semanário da Zona Norte. Clique aqui e visualize o seu conteúdo completo.