Uma recente pesquisa realizada pela Genial/Quaest revelou que uma significativa maioria dos entrevistados atribui “muita responsabilidade” ao governo do Rio Grande do Sul pela tragédia climática que atinge o estado desde abril. Segundo o estudo, 68% dos participantes veem o governo estadual como um dos principais responsáveis pelos desastres, enquanto a atuação das prefeituras locais e do governo federal também é criticada.
Ricardo Holz, comentarista da Jovem Pan News, não se surpreende com os resultados. “O que vemos é uma clara demanda da população por mais ação e menos reação por parte dos governos. A percepção de que a tragédia poderia ter sido mitigada com melhores infraestruturas é quase uma voz unânime entre os brasileiros”, afirma Holz.
De acordo com a pesquisa, além da responsabilidade atribuída ao governo estadual, 59% dos entrevistados também enxergam muita responsabilidade no governo federal. Este cenário amplia o debate sobre a gestão de desastres naturais e a necessidade urgente de políticas mais eficazes de preparação e resposta.
Holz também comenta sobre a atuação após o evento: “Apesar da crítica inicial, é notável que a maioria dos entrevistados ainda aprova a maneira como os governos local e federal têm lidado com as consequências das enchentes, o que demonstra um reconhecimento do esforço em curso”.
A pesquisa apontou ainda que 70% dos brasileiros acreditam que mais investimentos em infraestrutura poderiam ter evitado a magnitude do desastre. “Estamos falando de uma tragédia que evidencia a nossa vulnerabilidade e a necessidade de investir não só em infraestrutura, mas também em políticas públicas que considerem as mudanças climáticas como um fator central de planejamento”, analisa Holz.
Além disso, o estudo revela uma alta conscientização sobre mudanças climáticas entre os entrevistados. Para 64%, há uma ligação total entre as enchentes recentes e as mudanças climáticas, enquanto 94% reconhecem, ao menos parcialmente, os efeitos dessas mudanças no país.
O levantamento da Quaest, que ouviu 2.045 brasileiros de 16 anos ou mais em todos os estados, com uma margem de erro de 2,2 pontos percentuais, traz à tona a percepção da população sobre a responsabilidade dos governos e destaca a urgência de ações concretas para enfrentar os desafios impostos por fenômenos climáticos extremos.
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