Projeto Consultório na Rua leva cinema e futebol para moradores em situação de risco da Zona Norte

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Pelo menos uma vez por mês, as pessoas atendidas pelo projeto Consultório na Rua (CnR) podem assistir a filmes numa sala de cinema e ainda ganham pipoca e suco. A iniciativa, batizada de Cine Pop, é realizada em parceria com o Cine Belas Artes e leva o conceito de cuidado ampliado em saúde às pessoas em situação de rua da Zona Norte.

“O objetivo de ações como esta é que nossa atuação vá além da cura, agindo também para gerar pertencimento e apropriação de espaços de lazer e cultura”, comenta a assistente social Simone Passos Costa, que coordena o projeto no Consultório na Rua Santana/Jaçanã.

A equipe multiprofissional, formada ainda por seis agentes comunitários de saúde (ACSs), dois agentes sociais, uma técnica de enfermagem, duas enfermeiras e um médico, atende cerca de 900 pessoas em situação de rua por mês, em um território coberto por 20 Unidades Básicas de Saúde (UBSs). Destas, cerca de 550 pessoas são cadastradas nas UBSs, e uma das funções da equipe do Consultório na Rua é justamente ser o elo entre elas e os equipamentos de saúde, para que tenham atendimento continuado.

Participantes escolhem o filme
Para o Cine Pop, projeto que existe há cerca de um ano e mobiliza também outros equipamentos como Centros de Atenção Psicossocial (Caps) e centros de acolhida municipais (são sete na região), o convite é feito a partir de um revezamento dos vários territórios, de forma que a cada mês um novo grupo é formado.

A sessão acontece sempre em uma manhã de terça-feira, com a sala de cinema à disposição das pessoas em situação de rua e filmes escolhidos a partir de uma lista ou mesmo indicados pelo público. Um dos mais recentes foi a cinebiografia “Jair Rodrigues – Deixe que digam”, sobre o cantor falecido em 2014. “O projeto é um sucesso absoluto, todos querem voltar, nosso sonho é conseguir levar grupos maiores e lotar a sala a cada sessão”, conta Simone.

Visitas a museus e futebol
Além do Cine Pop, as ações de cuidado ampliado e apropriação de espaços incluem visitas mensais a museus, atividade que segue a mesma dinâmica da ida ao cinema, com revezamentos de grupos por território, e partidas semanais de futebol no Parque da Juventude, abertas a todos que queiram participar.

“Em algumas semanas chegamos a ter 40 pessoas para o futebol e essa atividade se transformou em uma grande aliada em saúde, pois naturalmente estimula uma mudança de comportamento em pessoas que fazem uso de substâncias psicoativas, como, por exemplo, elas quererem estar bem para poder jogar”, explica Simone, para quem essas iniciativas extras cumprem plenamente seu outro grande objetivo, de gerar vínculos fortes com as equipes de saúde.

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Eduardo Micheletto
Eduardo Michelettohttp://www.minutomicheletto.com.br
Jornalista e Radialista, pós graduado em Comunicação Organizacional e Comunicação e Marketing, além de ter realizado diversos cursos de extensão nas áreas de Marketing Digital e Experiência do Usuário (UX). É Diretor da Micheletto Comunicação e membro da Associação Profissão Jornalista (APJor).

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