Com gritos de “o pior salário do Brasil” e faixas contra atual governador de São Paulo, João Dória (PSDB), membros da Policia e civis realizaram na última sexta-feira, dia 15, em frente Batalhão de Polícia de Choque, no centro de São Paulo, uma importante manifestação pedindo melhores condições de trabalho e um reajuste salarial.
Para o Deputado Estadual Major Mecca, (PSL), “Esse é um grito de socorro dos policiais de são Paulo, e hoje estamos iniciando uma campanha unificada entre associações e sindicatos das polícias de São Paulo, para que juntos, nós possamos cobrar do Governo de São Paulo e do Governador João Dória, que durante a sua última campanha eleitoral, assumiu um compromisso com a categoria, porém até o presente momento a cumpriu, e nós não permitiremos esse tipo de postura com a categoria, pois nós (policiais) entregamos a nossa vida em defesa do cidadão de bem e por isso nós exigimos respeito”, pontua.
Já a Presidente do Sindicato dos Delegados da Polícia do Estado de São Paulo, Raquel Gallinati, “esse evento mostra a união das polícias contra o descaso do Governo, não só com a categoria, mas também contra a população do estado, pois é ela que sofre com o aumento da criminalidade, algo que pode ser constatado no nosso dia a dia. A partir do momento que o governo não é comprometido no combate ao crime, ele está se anuindo com o crime de forma dolosa, pois ele não deixa as suas polícias fortes para combater o crime e defender o cidadão de bem. A população não aguenta mais estar a mercê da criminalidade, que cresce a cada dia”, pontua.
De acordo com dados divulgados pela Secretaria de Segurança Pública (SSP), o estado de São Paulo registrou uma alta nos casos de homicídio, estupro, roubos e furtos em agosto deste ano, na comparação com o mesmo mês do ano passado. O número de registros de roubo em agosto deste ano, 19.363, cresceu 24,57% em comparação com o que foi notificado no mesmo período do ano passado, 15.544.
Já o aumento na quantidade de furtos foi de 44,13%. Em agosto deste ano, foram registrados 41.678 casos, ante 28.917 notificações no mesmo período do ano passado.
Como motivo principal, a pasta aponta que, após o ano de 2020 ter sido atípico com a quarentena, o aumento da circulação de pessoas tem resultado sobretudo no crescimento dos chamados “crimes de oportunidade”, normalmente cometidos contra o patrimônio.
Para a Diretora Presidente da Pauliserv SP, Ana Ângela Palermo, “nosso protesto é para um basta em tudo isso, pois são anos de luta contra um aumento digno para a categoria, e não apenas reajuste. A nossa categoria está sofrendo com tudo isso, estamos enfrentando um aumento de suicídio entre os policiais, que não conseguem viver dignamente. Para completar a sua renda, precisam fazer bicos e vivem sem tempo para família e filhos. No próximo dia 28, nós faremos outra manifestação desta. A data escolhida marca exatamente o Dia do Funcionário Público, que antigamente era feriado, e hoje, o mesmo, comemora trabalhando. A classe está perdendo a sua representatividade e a bandidagem está ganhando espaço”.
Matéria originalmente publicada pelo Jornal SP Norte. Clique aqui e leia o conteúdo completo.