Falar da sua vitoriosa carreira, dos seus gols e títulos, é chover no molhado. Debaixo das traves, seu talento pode ser contestado, pois sempre tivemos a tradição de termos grandes arqueiros, como Zetti, Taffarel, Marcos, Leão, Gilmar, Manga, Leão, entre outros. Porém com a bola dos pés, ele foi genial. Suas cobranças de falta, foram e são comparadas aos maiores gênios da bola parada, como Zico, Nelinho, Eder, Juninho Pernambucano e Marcelinho Carioca.
Eu, quando criança, tive a honra e o prazer, de ver alguns treinamentos do então jovem Rogério no Centro de Treinamento do São Paulo. Como corintiano assumido, admirava aquele time bicampeão mundial de 1992/1993, que sob o comando o mestre Telê Santana encantava o mundo. Ceni era reserva de Zetti, porém já abusava nos treinamentos das cobranças de falta, que o tornaria uma referência no futebol mundial.
Mas e agora, me perguntam os torcedores mais fanáticos? Após a despedida do São Marcos, o goleiro artilheiro Rogério Ceni, carinhosamente apelidado de “M1TO”, se tornou o último dos moicanos, aquele ídolo raro no coração dos torcedores mais apaixonados pelo esporte. Ceni, além de um excepcional atleta, foi campeão de tudo, e ficará marcado pelo seu amor e dedicação a uma profissão. Sua despedida aumentará a responsabilidade, não só de quem irá substituí-lo no gol tricolor, mas também abre uma lacuna na posição de “ídolo”. Candidatos não existem muitos, e quase não há referências como foram Rogério e Marcos.
A nós brasileiros, e principalmente, torcedores da capital paulista, que tivemos a honra de vê-lo desfilar em nossos gramados, fica um agradecimento especial a este atleta que marcou a história não só do São Paulo Futebol Clube, mas também do futebol brasileiro. Valeu M1TO.
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