O que as pessoas mais buscam umas nas outras na internet?

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Na era digital, onde os relacionamentos começam com um “match” e conversas acontecem por mensagens instantâneas, a pergunta que ecoa entre os solteiros – e até entre os comprometidos – é simples e profunda: o que realmente buscamos uns nos outros na internet?

Para tentar entender essa dinâmica, a reportagem conversou com usuários de aplicativos de relacionamento e redes sociais, que dividiram histórias reais e apontaram o que mais valorizam nas conexões virtuais. Em tempos de amores à distância de um clique, os sentimentos continuam sendo o que mais importa.

Conexão emocional em primeiro lugar

A estudante Camila, de 29 anos, acredita que a afinidade e a leveza no papo são fundamentais. Ela e o namorado Felipe estão juntos há três anos e se conheceram no Bumble. “Já tínhamos nos cruzado antes, num evento, mas sem flerte. Um mês depois, demos match no app, puxei papo e ele me reconheceu. Conversamos sobre tudo: livros, filmes, até os programas de fim de semana eram parecidos. A conversa fluiu naturalmente”, contou. O relacionamento deu tão certo que, agora em 2025, eles se preparam para morar juntos.

O “timing” perfeito

Histórias como a de Camila e Felipe se repetem, provando que conexões reais podem surgir nos momentos mais inesperados. Julia (foto), de 27 anos, relembra como conheceu Thiago (foto), seu atual parceiro. “Nos conhecemos no Bumble e estamos juntos desde o primeiro encontro. Foi uma conexão imediata. O mais curioso? Morávamos a poucas ruas de distância, frequentávamos os mesmos bares, mas nunca tínhamos nos esbarrado. Acho que sem o app, dificilmente isso teria acontecido”, contou.

Dados que confirmam a tendência

De acordo com a pesquisa Dating Trends 2025, realizada pelo próprio Bumble, 72% dos solteiros estão em busca de um relacionamento sério neste ano. A pesquisa ouviu mais de 41 mil usuários, entre 18 e 35 anos, em diferentes partes do mundo — incluindo o Brasil.

O levantamento também revelou um novo comportamento chamado “micro-romance”: pequenos gestos, como enviar memes, compartilhar playlists ou sair para um café, ganharam o status de provas de carinho mais significativas do que grandes declarações.

Além disso, os dados apontam que:

  • 63% querem ter uma comunicação aberta sobre necessidades e limites;
  • 60% preferem não fazer concessões e manter sua autenticidade;
  • 49% buscam mais honestidade nas intenções dos outros;
  • 45% querem se relacionar apenas com quem compartilha os mesmos objetivos amorosos.

Afinidades e valores em alta

A geração Z, especialmente, tem mostrado interesse em conexões mais profundas e com propósitos claros. Antes mesmo de marcarem um encontro presencial, os jovens costumam verificar se há compatibilidade em valores, estilo de vida, preferências culturais e até posicionamento político. Para isso, aplicativos como o Bumble oferecem “selos de interesse” que ajudam os usuários a se identificarem por gostos musicais, culinária, hobbies, hábitos sociais e ideológicos.

Muito além da aparência

Embora fotos ainda sejam o cartão de visitas, os entrevistados reforçam que o que mantém o interesse é a autenticidade. Perfis forçados ou muito editados geram desconfiança. “Ser verdadeiro é mais atraente do que parecer perfeito”, disse Felipe, ao destacar que foi o jeito simples de Camila que o conquistou.

Mais conexão, menos performance

Neste Dia dos Namorados, o que fica claro é que, mesmo com tanta tecnologia envolvida, o que move as pessoas ainda é o desejo de serem vistas, compreendidas e respeitadas. A internet pode ser o ponto de partida, mas o que solidifica a relação é o encontro genuíno entre intenções, valores e afeto.

E para aqueles que ainda estão à procura: talvez o amor esteja a um clique — ou a um bom papo — de distância.

Eduardo Micheletto
Eduardo Michelettohttp://www.minutomicheletto.com.br
Jornalista e Radialista, pós graduado em Comunicação Organizacional e Comunicação e Marketing, além de ter realizado diversos cursos de extensão nas áreas de Marketing Digital, Inteligência Artificial e Experiência do Usuário (UX). É Diretor da Micheletto Comunicação.

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