Localizado na divisa entre o município de Guarulhos com a cidade de São Paulo, a Subprefeitura de Ermelino e Ponte Rasa sofre com a falta de recursos enviados pela Prefeitura de São Paulo. Problemas é o que não faltam na região.
Moradora há 24 anos, Adriana Poveda relata que o ex-prefeito e atual governador de São Paulo, João Dória, prometeu que o bairro receberia recursos, “como a construção de uma Unidade Básica de Saúde, a regularização fundiária das moradias no Jardim Keralux, além do plantio de árvores e asfalto, porém avançamos somente na questão do asfalto”, completa.
Segundo dados da Prefeitura de São Paulo, a região possui cerca de 210 mil habitantes e integra em seu território a sub-bacia do Córrego Mongaguá, a qual fazem parte os córregos Ponte Rasa, Franquinho e o próprio Mongaguá, que deságua no Rio Tietê. Cerca de 90% dos domicílios do bairro são conectados à rede pública de abastecimento de água. Quanto à rede de esgoto, apesar de cerca de 90% dos domicílios estarem conectados, somente 26% recebe tratamento, mostrando a carência de recursos na região.
O programa Regularização Fundiária tem por prioridade enfrentar a precariedade que se manifesta na insegurança em relação à posse ou propriedade da terra vivenciada pela população que reside nos assentamentos caracterizados pela irregularidade fundiária, porém não é que acontece na região. “Faço parte do Conselho Gestor de Habitação desde 2018, porém até o momento, não tivemos nenhum retorno da Secretaria de Habitação”, finaliza.
Para o atual coordenador do Conselho Participativo Municipal de Ermelino Matarazzo, Ricardo Marciano de Souza, mais conhecido como Roterdã, o distrito sofre não só com a falta de recursos, mas também com a falta de transparência nos trabalhos executados pela Subprefeitura de Ermelino, dificultando uma fiscalização mais rígida por parte dos conselheiros. “Como a Prefeitura e o Governo estão sendo administrados pelo mesmo partido político, eles, Bruno Covas e João Dória fazem o que querem na cidade. Realizam mudanças à revelia e destinada aos seus interesses políticos. Enquanto isso, nós, da periferia, ficamos sem dinheiro, sem recursos e sem perspectivas”, finaliza.
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