Cerca de 250 moradores, realizaram no último dia 3 de fevereiro, um protesto em frente ao Hospital Santa Marcelina do Itaim Paulista, contra a decisão do governador de São Paulo, João Dória Jr, de fechar o PS local. A unidade realiza 24 mil atendimentos mensais, sendo 87% pelo SUS.
Para o líder comunitário da região do Itaim Paulista e Vila Curuçá, Robson Salles da Silva, “o fechamento do PS é uma tragédia anunciada. Trará prejuízo à população, que ficará desassistida e podemos dizer que terá como consequência a demissão de trabalhadores. Não se pode brincar com a saúde da população. Melhorias são necessárias em diálogo com conselhos e entidades, buscando alternativas e soluções”, finaliza.
Para o jornalista e diretor da Folha do Itaim & Curuçá, Divaldo Rosa, “a decisão de tirar o pronto socorro irá gerar inúmeros conflitos, porque o Hospital possui uma demanda elevada, que não será absorvida pelas unidades básicas de saúde do bairro, fazendo com que os moradores tenham que se deslocar até o Hospital Tite Setúbal, em São Miguel ou ao Hospital Geral de Ermelino Matarazzo”, finaliza.
O objetivo da medida, que começou a vigorar nesta segunda-feira (1º), é utilizar os equipamentos para concentrar somente pacientes graves. Na capital, os hospitais afetados são os do Grajaú e Pedreira (zona sul) e da Vila Alpina e Itaim Paulista, na zona leste. Na Grande SP, a medida abrange Itapecerica da Serra e Mogi das Cruzes. Estas unidades enfrentam problemas de lotação de casos de Covid-19.
No último dia 21, o Hospital Geral de Pedreira registrou aumento de 136% na ocupação dos leitos de enfermaria para o novo coronavírus. A Secretaria de Estado da Saúde afirma que o modelo de atendimento é previsto pelo SUS (Sistema Único de Saúde) para hospitais de alta complexidade.
“Os PSs ficarão dedicados a atender pacientes levados à unidade por ambulâncias ou serviços de resgate, pois estes casos mais graves têm atendimento priorizado.” A pasta não disse porque não comunicou a mudança em seus canais oficiais.
Já a Secretaria Municipal de Saúde de São Paulo, diz que tem realizado reuniões semanais com o governo do estado “visando manter a qualidade dos atendimentos” e que os hospitais e unidades de saúde da rede municipal “seguem atendendo normalmente”.
A Prefeitura de Mogi das Cruzes, diz que a readequação deve aumentar a demanda nos postos municipais, mas que a cidade “tem uma rede muito bem estruturada” para suportar esse aumento. A Prefeitura de Itapecerica da Serra não se manifestou.
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