Localizada na região conhecida por Jardim Pantanal, no bairro jardim São Martinho, Distrito do Jardim Helena, a Rua Serra do Apodi e suas travessas sofrem com a falta de asfalto e esquecimento do poder público. No local só tem poeira e lama quando chove. Nesta rua circula os ônibus das linhas Jardim Helena e Vila Mara, além de ser corredor para caminhões pesados e até carretas.
Para a moradora e líder comunitária, Rosimeire Batista, “o bairro está esquecido pelas autoridades locais e pelo poder publico municipal e estadual. Ouvimos tantas promessas de melhorias e cadê o dinheiro que foi destinado para o asfalto desta rua?”, pergunta.
Para o jornalista Divaldo Rosa (vídeo), fundador e diretor do jornal Acontece Agora e da página no Facebook Na Quebrada do Jardim Helena: “é muito triste ver o descaso por parte do poder público com os moradores desta região abandonada. Estas ruas no jardim pantanal são cheias de crianças, jovens e idosos que carecem de um local digno para morar, se divertir e para se profissionalizar mas falta tudo por aqui. A prefeitura precisa ter um olhar mais humano para o Jardim Helena”, conclui.
Segundo dados da Secretaria Municipal de Infraestrutura Urbana e Obras (SMSO), a cidade de São Paulo possui 17,2 mil km de vias pavimentadas e cerca de 70 mil logradouros registrados (entre ruas, avenidas, becos, praças, viadutos e outros). Apesar desses números, a região conhecida como jardim Pantanal boa parte das ruas não tem asfalto, esgoto e água tratada da Sabesp.
Os moradores da região sofrem também com as enchentes e alagamentos no período das chuvas e com o problema crônico da falta de regularização fundiária, principalmente nas áreas da APA, que hoje fazem parte de ocupações irregulares consolidadas. Sem ter a quem recorrer alguns moradores improvisam um serviço de tapa buraco (foto) colocando massa de cimento nos buracos que vão se formando na pista.
“Somos seres humanos, merecemos respeito. Comemos poeira todos os dias em nossas ruas. Muitas pessoas, principalmente crianças e idosos, sofrem com problemas respiratórios devido a esta poeira constante”, diz Severina Olímpia da Silva, moradora há 34 anos.
Para Gildácio Nunes, morador há 25 anos, “Os assessores da subprefeitura e o ex-subprefeito vieram até a nossa rua e nos informaram que iriam asfaltar a via, somente se o local tivesse esgoto. Fizemos um mutirão e realizamos o serviço, porém, até hoje não veio o asfalto prometido pela Subprefeitura”, conta.
Vitrine da gestão Dória/Bruno Covas, o programa Asfalto Novo prometia recapeamento até o final de 2020, em mais de 400 km de ruas e grandes avenidas na cidade de São Paulo, porém o que vemos pela cidade são ruas esburacadas, vielas de terra batida ou partes de bairros inteiros sem asfaltamento. Estes são cenários comuns no dia a dia dos paulistanos que residem, principalmente, em bairros mais periféricos.
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