O estudante de Engenharia Elétrica, Caique Menczigar Almeida, 24 anos, morador de São Miguel Paulista – SP criou uma cabine de desinfecção por Covid-19. O método chamou a atenção dos médicos responsáveis do Hospital Tite Setúbal, que começaram a adotar esse procedimento em todos os seus funcionários e pacientes. Além disso, o Grupo Votorantim também se interessou no projeto, e na construção de mais cabines do espaço devido ao grande número de casos na região.
Para Caique, “O início da pesquisa se deu nas aulas de Física Quântica, e sobre os raios ultravioleta. Pesquisei por lâmpadas que emitiam esses raios e onde elas poderiam ser utilizadas, sua eficiência contra vírus e bactérias, além disso, li também diversas teses e testes de doutorados na área de biologia para entender sobre os vírus e como eles se comportam quando expostos contra os raios ultravioletas.
E então pensei que poderíamos criar um ambiente para descontaminar pessoas para que o vírus não pudesse mais sair de uma ala contaminada de um hospital e espalhar para outra que não continha o mesmo. Foi juntando as ideias junto com a necessidade de conter o vírus que surgiu a cabine de descontaminação por raios ultravioleta”, completa.
Segundo uma nota técnica da Anvisa, ainda não existe, nenhuma evidência científica sobre a eficácia e a segurança desse tipo de procedimento. Para o órgão, a duração de 20 a 30 segundos para o procedimento não seria suficiente para garantir o processo de desinfecção, e a adoção desse mecanismo não inativaria o vírus dentro do corpo humano, além de poder causar danos à saúde de quem se submetesse à desinfecção.
Diante de uma pandemia que já ganhou uma proporção sem limites no país, ver que soluções como esta estão sendo pesquisadas, mostra um alento perante o triste momento que estamos vivendo.
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