Imortalizado pelos versos de canção “Trem das Onze”, de Adoniran Barbosa, o bairro do Jaçanã completará no próximo dia 14 de setembro, 148 anos. Mas o que realmente devemos comemorar, já que a região é “esquecida” pelos novos governantes.
Segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), a região possui aproximadamente 95 mil habitantes, que vivem em uma área total de 7,8 km². A renda média é de R$ 1.776,56. O Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) é de 0,816, considerado elevado, sendo o 65º entre os 96º distritos que compõem a cidade.
O bairro que abrigou o primeiro estúdio de cinema de São Paulo: a Companhia Cinematográfica Maristela (foto), hoje pouco pode se orgulhar de espaços culturais.
A região que em 1874, criou Asilo de Medicina Municipal – hoje Hospital Geriátrico e de Convalescentes D. Pedro II, devido ao grande número de mendigos na cidade, hoje pouco pode ser orgulhar de políticas públicas voltadas para a saúde.
Imagem de capa do disco “Trem das Onze” lançado pelo grupo Demônios da Garoa
O trem, ao qual a música de Adoniran fazia referência, ligava o centro da cidade ao reservatório de água da Cantareira. A ferrovia possuía um ramal que passava pelo bairro e chegava a Guarulhos, e hoje o bairro, pouco pode se orgulhar das melhorias de mobilidade urbana devido ao trânsito caótico nas principais vias da região.
Este “esquecimento” do poder público, se dá pela falta de representantes, tanto na Câmara Municipal quanto na Assembleia Legislativa.
Por isso, antes de votar, devemos ver quem realmente representa a nossa região, para que o bairro do Jaçanã não seja “esquecido” novamente.