A eleição de 2020 terminou com um saldo negativo para o Partido dos Trabalhadores (PT). Apesar de lançar candidatura própria em todos os estados, e chegar ao segundo turno em alguns, o partido depois de 40 anos de fundação, não comandará nenhuma capital de estado nos próximos 4 anos.
Em franca decadência, o partido tem visto o número de representantes caírem eleição após eleição. As únicas vitórias petistas neste último domingo vieram das cidades de Contagem (MG), Diadema (SP), Juiz de Fora (MG) e Mauá (SP).
Dos 630 prefeitos eleitos em 2012, a sigla passou a ter 256 em 2016, na primeira eleição após o impeachment da ex-presidente Dilma Rousseff e o auge do antipetismo. Na eleição deste ano, o número caiu ainda mais, para apenas 183.
A queda petista foi apenas no poder executivo. Nas Câmaras Municipais, o número de vereadores do partido caiu de 2.815 vereadores para 2 665. Por outro lado, o Psol viu seu número de representantes crescerem de 56 para 89, sendo que nas cidades de Porto Alegre, Florianópolis, Rio de Janeiro, Recife e Aracaju, o partido teve o parlamentar mais bem votado. Além disso, a sigla elegeu um número significativo de mulheres transexuais e de representantes dos movimentos feminista e negro.
Apesar da derrota em SP, o partido mostrou força, e com mais de 2 milhões de votos, Guilherme Boulos (foto) certamente será um nome forte para as próximas disputas eleitorais, não só na capital paulista, como também, no cenário nacional.
“Por manter sempre um posicionamento crítico e sem adesão aos governos petistas, nos tornamos o principal desaguadouro da renovação da esquerda”, diz o presidente nacional do PSOL, Juliano Medeiros.
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