“Fomos esquecidos pelas autoridades locais, a nossa comunidade carece de diversas melhorias, entre elas, a canalização de um córrego que corta o bairro. Além do mal cheiro, que dá para sentir de longe, temos que conviver com a sujeira, e o risco de doenças. É um horror. Esse lixo todo vai em direção a Represa Billings”, conta a moradora Sthephanie Aparecida Batista Freitas Gomes, que está há 30 anos no local.
Segundo dados do Instituto Trata Brasil, 43% da população vive em cidades sem rede de tratamento de esgoto, ou seja 35 milhões de pessoas.
Na comunidade residem cerca de 8 mil pessoas, que carecem de equipamentos públicos, como creches, escolas entre outros, porém, não é isso que ocorre. “Há cerca de 3 anos, foi construída uma EMEI, porém, até hoje não foi inaugurada. Tivemos uma creche e um centro de convivência social que foram fechados. Além disso, há uma área da Sabesp que está desativada, onde os viciados estão tomando conta. É triste, pois poderíamos estar utilizando o espaço em beneficio da comunidade”, finaliza Sthephanie.
Logo que assumiu o cargo do prefeito da cidade de SP, substituindo João Doria, que se candidatou ao governo do estado, Bruno Covas revisou o Plano de Metas, dando um maior foco em ações de zeladoria, aumentando o orçamento para os serviços de limpeza e reduzindo o número de equipamentos públicos e diante da Pandemia do Coronavírus, estes investimentos ficaram ainda mais escassos para a Periferia.
Dados da Secretaria Municipal de Saúde, demonstram que a atual administração deixou de investir cerca de R$ 1,5 bilhão na área da Saúde, valor suficiente para manter 10 hospitais na cidade. Ainda de acordo com a prestação de contas realizada pela Prefeitura de SP, o valor arrecadado pelo município cresceu para R$ 44 milhões, porém a proporção de investimentos vem caindo ano a ano (de 22%, em 2017 para 19,37%, em 2019).
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