No Dia Nacional da Mata Atlântica, celebrado nesta terça-feira (27), a cidade de São Paulo tem um importante motivo para comemorar: completou dois anos consecutivos sem registrar novos desmatamentos no bioma, segundo levantamento da Fundação SOS Mata Atlântica em parceria com o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe). O dado reflete o fortalecimento das políticas públicas de conservação ambiental implementadas pela atual gestão da Prefeitura, especialmente por meio do Plano Municipal de Conservação e Recuperação da Mata Atlântica (PMMA).
A Secretaria Municipal do Verde e do Meio Ambiente (SVMA) destaca que, desde a criação do PMMA, o município avançou significativamente no mapeamento e regularização de áreas protegidas, além da criação de novas unidades de conservação (UCs) e da ampliação de parques urbanos e lineares. Atualmente, os 119 parques municipais da capital paulista protegem importantes fragmentos de vegetação nativa da Mata Atlântica dentro do perímetro urbano.
Reflorestamento em destaque
Entre as ações de reflorestamento que se destacam estão os trabalhos realizados nos parques Linear Córrego do Bispo (Zona Norte), Anhanguera (Zona Oeste) e Fazenda do Carmo (Zona Leste). No Córrego do Bispo, por exemplo, mais de 30 mil árvores nativas foram plantadas, reforçando a importância da recuperação da vegetação original. Já no Parque Fazenda do Carmo, 6.330 mudas foram plantadas entre 2021 e 2024.
Essas iniciativas integram o Eixo Áreas Protegidas e Sistemas de Áreas Verdes do PMMA, que inclui ainda a criação de novas UCs com participação popular e a regularização fundiária de áreas ambientais por meio do programa Regulaparcs. Somente entre 2021 e 2024, mais de 1 km² de áreas foram recuperados, sendo quase 100 mil m² apenas no primeiro semestre de 2024.
Monitoramento e arborização urbana
A capital também conta com o Monitoramento da Vegetação Paulistana, que utiliza imagens de satélite para acompanhar a cobertura vegetal da cidade. Já o Plano Municipal de Arborização Urbana (PMAU) vem ganhando destaque com 14 ações concluídas, 16 em andamento e 48 em implementação, com foco na resiliência urbana e no aumento da cobertura verde. O plano também estabelece critérios para o plantio de espécies nativas, controle de espécies exóticas invasoras e estruturação de viveiros municipais.
Incentivo à preservação em áreas privadas
Outro ponto importante é o Pagamento por Serviços Ambientais (PSA), que utiliza recursos do Fundo Especial de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável (FEMA) para incentivar a preservação de áreas em propriedades particulares. A proposta é ampliar a corresponsabilidade ambiental e engajar a sociedade civil na proteção dos remanescentes florestais.
Compromisso com o futuro
As ações integradas da Prefeitura de São Paulo estão alinhadas ao Plano Municipal de Áreas Protegidas, Áreas Verdes e Espaços Livres (PLANPAVEL), que serve de guia estratégico para a política ambiental do município. O plano também insere a cidade na Agenda 2030 da ONU, contribuindo diretamente para os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS).
Com resultados concretos, planejamento estratégico e participação social, a capital paulista reforça seu protagonismo na proteção da Mata Atlântica, um dos biomas mais ameaçados do país, e mostra que o desenvolvimento urbano pode — e deve — caminhar lado a lado com a sustentabilidade.
