Todo ano é a mesma coisa, janeiro é o mês da chuva, do caos, das enchentes, porém, entra ano e sai ano, e o problema persiste. As enchentes em São Paulo, assim como outras grandes cidades brasileiras, são históricas e recorrentes.
Em 2016, por exemplo, 25 pessoas morreram depois de uma noite de chuvas fortes — parte delas em deslizamentos. Em março de 2019, ao menos 12 mortes foram registradas também em decorrência das chuvas. Em bairros periféricos como Guaianases, Jardim Helena, Jardim Nélia, Jardim das Oliveiras, Jardim Pantanal, Lajeado, Penha, Vila Aymoré, Vila Itaim, Vila Seabra, todos do extremo leste da capital, os moradores chegam a perder seus móveis e eletrodomésticos em dias de chuva intensa.
De acordo com o Centro de Gerenciamento de Emergências (CGE), da Prefeitura de São Paulo, nos últimos dez dias choveu 179,9 milímetros, equivalente a 83% da média esperada para o mês. A medição foi feita às 7h.
Em apenas três horas de chuva, foram registrados cerca de 60 milímetros. Para dar uma ideia da dimensão, 60 milímetros de chuva é o mesmo que jogar 60 litros de água numa área de 1 metro quadrado. O bairro da Lapa, na zona oeste da capital, registrou 98,3 milímetros de chuva.
Segundo o Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet), a capital paulista registrou o maior volume de chuvas em 24 horas num mês de fevereiro dos últimos 37 anos.
A gestão do prefeito Bruno Covas (PSDB) afirmou que aumentou em 54,1% o número de piscinões da cidade — de 24 para 32 unidades. No total, os novos equipamentos representam investimento de R$ 107,8 milhões. A prefeitura também afirma que tem realizado obras de drenagem e canalização de córregos em todas as regiões dos municípios. Apesar de todos os esforços da administração municipal, o problema persiste e a cada ano aumenta mais.
Matéria originalmente publicada pelo Jornal Acontece Agora. Clique aqui e visualize o seu conteúdo completo.