Casamento entre pessoas do mesmo sexo bateram recorde em 2022

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Em um avanço histórico para a igualdade de direitos, o Brasil registrou em 2022 o maior número de casamentos entre pessoas do mesmo sexo desde que, em 2013, o Conselho Nacional de Justiça (CNJ) proibiu os cartórios de se recusarem a celebrar essas uniões. Segundo as últimas Estatísticas do Registro Civil divulgadas pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), houve um crescimento de 19,8% nesses casamentos em comparação com 2021, totalizando 11 mil registros.

Este marco é notável não apenas pelo número recorde de uniões, mas também pela sua representatividade em um cenário maior de aceitação e inclusão. Apesar disso, os casamentos de pessoas do mesmo sexo representam ainda uma pequena fração, apenas 1,1%, do total de 970 mil casamentos registrados no país no mesmo período. Este dado sublinha a importância de continuar promovendo a igualdade de direitos e a aceitação social para todos, independente de sua orientação sexual.

A maior parte dessas uniões, especificamente 60,2%, ocorreu entre cônjuges femininos, evidenciando uma tendência que merece atenção e estudo mais aprofundados para entender as dinâmicas sociais e culturais envolvidas.

Paralelamente ao aumento dos casamentos LGBTQIA+, o IBGE também revelou mudanças significativas nas características demográficas dos casamentos em geral. O Brasil viu um aumento na idade média em que as pessoas se casam, com as mulheres casando em média aos 29 anos e os homens aos 31. Essa tendência é acompanhada por um aumento na proporção de cônjuges que já eram divorciados ou viúvos, representando agora 30% dos casamentos civis.

Outro aspecto notável do relatório é o aumento dos divórcios em 2022, alcançando 420 mil, um aumento de 8,6% em relação a 2021. Isso reflete não apenas as mudanças nas dinâmicas familiares, mas também uma maior facilidade e aceitação do divórcio como uma opção viável para casais. Interessantemente, a guarda compartilhada dos filhos pós-divórcio tem se tornado cada vez mais comum, crescendo de 7,5% em 2014 para 37,8% em 2022, o que indica um movimento em direção a responsabilidades parentais mais equilibradas e compartilhadas.

Esses dados são fundamentais para entendermos não apenas o cenário atual dos casamentos e divórcios no Brasil, mas também as mudanças sociais e culturais subjacentes que eles refletem. O recorde de casamentos entre pessoas do mesmo sexo em 2022 é um marco importante na jornada em direção à igualdade e respeito por todas as formas de amor e união, ressaltando o papel vital de instituições como o IBGE em documentar e informar sobre essas transformações na sociedade brasileira.

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Eduardo Micheletto
Eduardo Michelettohttp://www.minutomicheletto.com.br
Jornalista e Radialista, pós graduado em Comunicação Organizacional e Comunicação e Marketing, além de ter realizado diversos cursos de extensão nas áreas de Marketing Digital e Experiência do Usuário (UX). É Diretor da Micheletto Comunicação e membro da Associação Profissão Jornalista (APJor).

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