Em começo de ano muito difícil para todos os brasileiros, tivemos um 11 de fevereiro para ser esquecido, isso porque perdemos um dos maiores jornalistas da nossa época, Ricardo Boechat, 66 anos, vítima de um acidente aéreo.
A aeronave em que o comunicador estava, caiu em cima de um caminhão no km 22 da Rodovia Anhanguera, sentido interior, com o Rodoanel, e acabou explodindo. O piloto do helicóptero também faleceu no local.
Boechat era um jornalista das antigas, tinha o senso crítico apurado e possuía uma grande habilidade para se comunicar. Sob o seu comando, o Jornal da Band, na TV Bandeirantes voltou aos bons tempos, tanto de Ibope, quanto de credibilidade.
Porém, foi na Rádio Band News FM, que o “carinha de todas as manhãs” encantava o público, com a sua veracidade e principalmente, originalidade nos comentários. O quadro com o também jornalista José Simão ficará eternizado no coração dos ouvintes, que entre uma notícia e outra, se divertiam, com as gargalhadas do Boechat nos estúdios.
Argentino de nascimento, mas carioca de coração, o flamenguista Ricardo Boechat começou a sua carreira na década de 1970, como repórter do extinto jornal Diário de Notícias. Ao longo da sua brilhante carreira, passou pelos jornais O Globo, O Dia, O Estado de S.Paulo e Jornal do Brasil, além da TV Globo.
O jornalista conquistou o Prêmio Esso, um dos principais da profissão em três oportunidades (1989, 1992 e 2001), além de ser recordista de conquistas do Prêmio Comunique-se, com 17 troféus, sendo o único a ganhar em três categorias diferentes (âncora de rádio, colunista de notícia e âncora de TV).
Em pesquisa do site Jornalistas & Cia, que listou 100 profissionais do setor, a “carequinha” foi eleito o jornalista mais admirado do país, um carinho e tanto, para quem foi, não apenas um comunicador, mas uma voz do povo nos meios de comunicação.
Matéria originalmente publicada pelo Jornal Semanário da Zona Norte. Clique aqui e visualize o seu completo.