O mundo do futebol está de luto após a confirmação da morte do zagueiro Juan Izquierdo, do Nacional-URU, nesta terça-feira (27). O jogador de 27 anos estava internado no Hospital Albert Einstein, em São Paulo, desde a última quinta-feira (22), quando sofreu uma parada cardíaca durante a partida contra o São Paulo, válida pelas oitavas de final da Copa Libertadores. O episódio trágico levanta questões sobre os riscos cardíacos, mesmo entre atletas de alto desempenho.
O que aconteceu com Izquierdo?
Durante o jogo no Morumbi, Izquierdo desmaiou subitamente no gramado. Atendido prontamente pela equipe médica, foi diagnosticado com uma parada cardíaca causada por uma arritmia, uma condição que altera o ritmo normal dos batimentos cardíacos. Essa alteração pode fazer com que o coração bata muito rápido, muito devagar ou de maneira desordenada, comprometendo o fluxo sanguíneo e afetando órgãos vitais.
Izquierdo foi levado às pressas para o Hospital Albert Einstein, onde foi internado na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) e mantido sob ventilação mecânica. No entanto, exames realizados no domingo (25) mostraram uma “progressão do comprometimento cerebral e aumento da pressão intracraniana”, indicando um quadro neurológico irreversível. Infelizmente, o jogador não resistiu e veio a falecer cinco dias após o incidente.
Arritmia cardíaca: um risco silencioso
A arritmia cardíaca é uma condição em que o coração bate fora do ritmo normal. Segundo o cardiologista Dr. Marco Akamine, do Hospital Nipo Brasileiro, existem muitos tipos de arritmias, algumas benignas e outras potencialmente letais. “A arritmia é mais comum em pacientes mais velhos, mas pode afetar jovens, inclusive atletas, muitas vezes devido a fatores genéticos que necessitam ser investigados”, explica o especialista.
Os sintomas de uma arritmia podem variar, mas muitas vezes incluem palpitações, tontura e desmaios. Em alguns casos, como o de Izquierdo, a arritmia pode ser assintomática até que ocorra um evento grave, como uma parada cardíaca. Dr. Akamine destaca a importância de manter uma dieta saudável, praticar exercícios regularmente e realizar avaliações médicas periódicas para detectar e tratar problemas cardíacos antes que se tornem fatais.
O que pode ter levado à morte cerebral de Izquierdo?
De acordo com Felipe Cardoso, especialista em hipertrofia, a irregularidade dos batimentos cardíacos de Izquierdo durante a partida pode ter levado à desaceleração do fluxo sanguíneo, privando o cérebro de oxigênio. “Quando o cérebro deixa de receber oxigênio, ocorre inchaço, resultando em morte cerebral, que foi o que aconteceu com o zagueiro”, explica Cardoso.
A morte de Izquierdo serve como um alerta sobre a gravidade das condições cardíacas e a importância de monitorar a saúde, mesmo em indivíduos jovens e aparentemente saudáveis. O episódio trágico reforça a necessidade de maior atenção às condições genéticas que podem predispor atletas a problemas cardíacos graves.
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