Já se passaram 10 anos, e o projeto da Linha 17-Ouro do Metrô com 18 estações (8 em construção e 10 em projeto) e 17,7 km de extensão permanece no papel. Com inúmeros problemas financeiros, jurídicos e de planejamento, a linha que teve seu contrato inicial assinado no dia 30 de julho de 2011, pelo então governador Geraldo Alckmin, com um custo estimado em 3,17 bilhões de reais (sendo 1,082 bilhão de reais emprestados do BNDES, 1,5 bilhão de reais do governo estadual e o restante da prefeitura de São Paulo), e teria segundo o mesmo documento, o início das suas operações em 2013, porém logo foi alterado para 2014, depois para 2016, final de 2017, 2018, final de 2019, dezembro de 2020, 2022 e, atualmente 2023.
A previsão é transportar diariamente 175 mil passageiros, se tornando a segunda menor de São Paulo em capacidade, só à frente da Linha 13-Jade, beneficiando diretamente os moradores dos bairros do Jabaquara, Vila Santa Catarina, Paraisópolis, Campo Belo e Panamby, e trabalhadores das grandes avenidas Chucri Zaidan, Jornalista Roberto Marinho, Engenheiro Luís Carlos Berrini, sem falar na ligação com o Aeroporto de Congonhas e o estádio do Morumbi.
A linha utilizará a tecnologia Metrô Leve, um sistema de monotrilho, interligando em sua primeira fase, a Estação Morumbi, da Linha 9-Esmeralda à Estação Congonhas e terá como principal parada o aeroporto de Congonhas, passando também pela Linha 5-Lilás e pela Linha 9-Esmeralda, beneficiando outros quinze mil passageiros por hora em cada sentido. O trecho fez parte do projeto que a cidade apresentou para ser sede da Copa do Mundo de 2014, porém com a alteração da sede, do Estádio do Morumbi para a Arena Corinthians, o projeto ficou parado.
Desde a mudança de arena, a construção da linha sofreu diversas alterações, como a redução de sua extensão, enquanto os valores da obra aumentaram e os prazos foram sucessivamente ampliados. Foram abertas investigações nos Ministérios Públicos Federal (MPF) e Estadual (MP) para averiguar as situações. Segundo a assessoria de imprensa da Secretaria de Transportes Metropolitanos de São Paulo, “As obras do trecho prioritário da Linha 17-Ouro foram retomadas pela atual gestão, do governador João Doria, no final de 2020, com o acabamento de sete estações, da via e do Pátio Água Espraiada. A oitava estação, Morumbi, já está com as obras concluídas.
Já a fabricação dos trens teve seu contrato reativado na justiça neste ano, possibilitando a sequência dos trabalhos necessários para a abertura deste trecho com 7,7 km, ligando o aeroporto de Congonhas à rede de transporte sobre trilhos. Terá ainda integrações com a Linha 9-Esmeralda da CPTM na estação Morumbi e com a Linha 5-Lilás de Metrô na estação Campo Belo e irá beneficiar, neste primeiro trecho, 170 mil pessoas/dia”.
No último mês de setembro, o Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo liberou o contrato de compra do material rodante da linha, com previsão de entrega do material em setembro de 2022. Posteriormente, a Companhia do Metrô afastou a construtora Constran da licitação do término das obras civis remanescentes, e o consórcio perdedor Coesa Engenharia assumiu as obras, com previsão de término em 2023.
Matéria originalmente publicada pelo Jornal Zona Sul Notícias. Clique aqui e leia o conteúdo completo.
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