Fundada em 14 de agosto de 1920 por membros da comunidade portuguesa radicados na capital paulista, a Associação Portuguesa de Desportos possui uma torcida apaixonada pelo clube, amor que vem de geração para a geração.
Para o atual presidente do clube, Antônio Carlos Castanheira, “essa forte identificação familiar traz os valores da comunidade portuguesa, são nossos valores. Eu tinha 10, 11 anos de idade e vinha aqui com os meus pais, fazíamos piquenique, participávamos das festividades do clube, como os carnavais, as festas juninas, era um clima familiar”.
Quinto maior clube paulista ativo em títulos estaduais passa por um momento de crise e declínio no futebol profissional, desde o título do Campeonato Brasileiro Série B de 2011. “Pretendemos recolocar a Portuguesa no cenário nacional, porém para isso, precisamos colocar o clube nos eixos, e para isso, trabalho com três estratégias, a primeira é de gerir o clube como uma empresa, o segundo, a reformação do nosso estádio, transformando-o em uma área, e o terceiro, resgatarmos a base do clube. Tenho certeza, que com esses pilares, recolocaremos a Portuguesa entre os grandes. Desde o início da gestão, já conquistamos a Copa Paulista 2020 (foto da taça), e estamos disputando a série D do Campeonato Brasileiro. Esse é o caminho”, completa Castanheira.
O vice-campeonato brasileiro de 1996, os títulos do Torneio Rio-São Paulo em 1952 e 1955 (a época o único campeonato interestadual do Brasil e precursor do Campeonato Brasileiro), e os 3 títulos do Campeonato Paulista (o último em 1973), ficaram marcados como os seus mais célebres momentos. “Dividimos o título com o Santos, de Pelé e um Morumbi com quase 120 mil pessoas. Tínhamos um timaço que contava, com Zecão; Cardoso, Pescuma, Calegari e Isidoro; Badeco e Basílio; Xaxá, Enéas, Tatá, Cabinho, Wilsinho, além do nosso inesquecível técnico Otto Gloria”, pontua Castanheira.
A Lusa, como também é conhecida, já contou com grandes jogadores da história do futebol brasileiro. Djalma Santos, Julinho Botelho, Félix, Leivinha, Marinho Peres, Enéas, Roberto Dinamite, Dener e Zé Roberto foram só alguns dos grandes que jogaram na equipe. “Meu grande ídolo no clube foi o inesquecível Enéas. Com ele vivemos anos de glória e conquistas. Também tivemos o Dener, que nos deu uma Copa São Paulo de Futebol Júnior e o Zé Roberto, que foi um excelente atleta, chegando a disputar uma Copa do Mundo. Aos poucos iremos resgatar o orgulho dos atletas em vestirem o uniforme da Portuguesa”, conclui Castanheira.
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