“Os primeiros sinais foram de uma gripe. Isso foi em uma sexta-feira. No dia seguinte, sábado, apareceu à febre. Tentei leva-lo ao hospital, mas resolvemos esperar mais um dia. No domingo, surgiram as primeiras dores, no abdômen e nas costas. Na segunda-feira pela manhã fomos a UPA, do bairro de Ermelino. Ao chegarmos à unidade, fomos atendidos de imediato, trocaram a máscara dele, mediram a sua temperatura, e devido aos sintomas que ele já apresentava, começaram a realizar um pronto atendimento. Tudo foi muito rápido. Chegamos às 9h, e às 10h30 todo esse processo já havia sido realizado. Saímos de lá com uma medicação para 7 dias, e caso, o quadro não melhorasse, o medicamento seria trocado. Foram dias de medo, insegurança. Esse vírus acaba com a pessoa. Mas graças à Deus estou quase recuperado”, conta Luis Gustavo da Silva, morador do bairro do Jardim Helena, localizado no distrito de São Miguel Paulista.
Este caso, porém não é isolado na região. Segundo dados da Secretaria Estadual de Habitação, uma ação da Prefeitura de São Paulo detectou que cerca de 30% dos 3.593 testes rápidos da Covid-19, deram positivo. O local inclusive está entre os de maior incidência na capital paulista, juntamente com a Brasilândia, Itaim Paulista, Sacomã, Cidade Ademar, Jardim Ângela e Capão Redondo.
Segundo Fernando Marangoni, secretário executivo da Habitação, 5% das pessoas que tiveram a Covid-19, se recuperaram, porém 29% estão contaminadas, outras 63% testaram negativo e 3% tiveram resultados inconclusivos. “Esse número [29%] de casos confirmados é significativo. Ele demonstra, também, que realizamos os testes no lugar certo, para que ações nesta região sejam planejadas”, explicou. Quem testou positivo, no teste rápido, foi submetido ao teste chamado PCR, para contraprova.
Pessoas comprovadamente infectadas com o vírus, disse ainda Marangoni, passam “imediatamente” por uma consulta médica na UBS (Unidade Básica de Saúde) da região, entrando para o programa de monitoramento de saúde municipal e ficando também em isolamento, por no mínimo 14 dias. “Essas pessoas são acompanhadas por profissionais de saúde da região, incluindo seus parentes”, afirmou o secretário.
Para a esposa de Luiz, Andreia Gonçalves da Silva (foto ao lado do marido e da filha), ficou o susto de todo aquele momento triste “É uma situação que acaba com a família inteira, fica todo mundo com medo, preocupado, é uma mistura de sentimentos enorme, com o medo da perda e se ele iria conseguir sair dessa, pois ele já apresentava um quadro de pressão alta, com a doença, a sua saúde foi se agravando, porém hoje, 15 dias depois, ele está melhor, não 100%, pois ainda sente um pouco de fraqueza do corpo. Mas foi Deus que lhe tirou dessa”, finaliza.
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