O Colégio Jardim São Paulo realizou no último sábado, 14 de setembro, nas unidades Cataguases e Tremembé, a sua já tradicional Expocultural. Neste ano, o evento, que teve como tema “Ações transformadoras para o bem comum”, aliou tecnologia e criatividade dos seus alunos e o resultado foi a exposição de ótimos trabalhos.
Unidade Cataguases
Para Ricardo Bochicchio, coordenador de Tecnologia do Colégio, “o evento deste ano foi voltado para o protagonismo do aluno, que teve, desde o início, o estímulo de escolher os temas, pesquisar sobre o assunto e verificar o sentido do conteúdo – se as ideias lhes chamaram a atenção, lhes despertaram a curiosidade. Depois disso, a escolha final foi feita de forma democrática, na sala de aula, onde eles elegeram os principais temas. Os escolhidos foram correlacionados pela coordenação de área, porém toda a concepção da ideia veio do aluno. Esta foi a mudança de foco – procurou-se dar identidade, autenticidade, envolvimento e criatividade a toda atividade –, a visão inovadora alinhada aos dias atuais e ao futuro deles”.
Já a coordenadora-geral do Colégio Jardim São Paulo – Unidade Cataguases, Maria Elisa Meinberg de Souza Pereira, “o evento foi bastante pensado, porque, nos anos anteriores, tínhamos um formato diferente, tradicional, em que as crianças se dividiam em grupos e realizavam boa parte dos trabalhos em casa ou até mesmo na escola, mas de uma maneira mais individual. E a proposta atual integrou as diversas salas e as diversas classes com a proposta da tecnologia educacional, dando protagonismo ao aluno desde o início do projeto. Outra mudança foi o seu formato de realização, pois o evento foi planejado e montado em sala de aula, em conjunto com a equipe de Tecnologia. Os professores atuaram como tutores, no suporte das informações dando-lhes instruções e aconselhamento sobre as atividades”.
Para o diretor pedagógico da Unidade Cataguases, Alfredo de Andrada Dodsworth, este tipo de evento é maravilhoso para a escola, que traz a inovação e a criatividade de cada turma. Ex-aluno do colégio e há mais de 30 anos na função, Alfredo relembra com carinho os seus tempos de sala de aula. “Fui aluno da primeira turma do Jardim São Paulo, de 1960 e formada em 1972. Depois voltei em 1982, como professor e, em 1985, passei a atuar na coordenação pedagógica do colégio. Minhas filhas se formaram aqui, eu tenho muito orgulho de trabalhar aqui, eu falo que aqui é a minha segunda casa e se eu somar tudo, tenho mais de 50 anos de Jardim São Paulo”.
Alunos e pais da Unidade Cataguases destacam a importância do trabalho em grupo
Para Rafael Mauro de Lima, pai do Mateus Ribeiro de Lima, da 3ª série H, as atividades são excelentes e mostram o pioneirismo do colégio. “Meu filho adora vir para cá, inclusive fica bravo quando não tem aula. Ele é muito estudioso e dedicado. Ele veio como espectador da feira, porém já está se entretendo com as inúmeras atividades que o colégio oferece para todos os alunos”.
Já Marcia Rodrigues, mãe da Gabriela Rodrigues, da 7ª série E, que participou da feira pela primeira vez, disse que sua filha “esteve muito ansiosa durante a semana, porém ela é extremamente proativa e está muito feliz com o resultado da atividade. Ela em conjunto com o seu grupo desenvolveu um carrinho que recolhe os lixos que as pessoas jogam”. Para a pequena Gabi, “a escola é ótima, e as suas aulas favoritas são as de Ciências e Educação Física”, finalizou.
Robson Tadeu da Costa, pai da Julia Fonseca Costa, da 7ª série F, disse que “em casa foi dado um pequeno auxílio para a atividade, porém 90% do seu desenvolvimento foi de sua filha. A escola acrescentou muito na vida e na personalidade dela”. Julia completa dizendo que o maior aprendizado foi a importância do trabalho em grupo e que é importantíssima a colaboração de todos”.
Já Cecília, mãe da Larissa, que estuda no Colégio desde os seus 2 anos, destacou que “o grupo fez tudo com antecedência, e que o tema escolhido, homenagem aos super-heróis, atingiu o resultado esperado. A professora adorou o resultado. Este feedback é importantíssimo para eles”, ressaltou.
Para Maurício Marques, pai da Natalia Marques, do 6º ano F, a semana foi marcada por muita ansiedade, e o seu trabalho sobre os planetas foi muito elogiado por todos. O grupo trabalhou no tema durante 2 meses. Foi um grande aprendizado para todos”, completou o pai. Natalia se disse feliz com o projeto, e salientou que “ama as aulas de Educação Física e Handebol da escola”.
Segundo a pedagoga Mafildi Ferreira, “o curso de Robótica é voltado para os alunos de quinto ao nono ano. Nós trazemos para eles a vivência e a experiência da Robótica, colocando a mão na massa. E eles vêm com a criatividade utilizando os nossos modelos de robôs. É impressionante o trabalho deles”.
Para Adriana Carvalho, professora de Educação Tecnológica, as atividades foram desenvolvidas com o foco em atender a atual demanda de mercado, que exige pessoas criativas e dinâmicas, pois muitas profissões estão mudando dia a dia”.
Unidade Tremembé
A coordenadora-geral do Colégio Jardim São Paulo, Unidade Tremembé, Patrícia Moretti Meinberg, ressaltou a transformação e a criatividade dos alunos. “Nossos jovens possuem muita informação, e o poder da mudança de perspectiva foi maravilhosa, trouxe resultados excelentes não só para eles, alunos, como também para nós, professores. Aprendemos juntos e expandimos os nossos conhecimentos”, finalizou.
Para a diretora pedagógica da Unidade Tremembé, Maria de Fátima Lima de Carvalho, “a Expocultural 2019 foi a realização de um sonho para nós, educadores. Ter os nossos alunos como protagonistas de todo o processo e nós, da equipe pedagógica, como coadjuvantes foi, sem dúvida, nossa maior satisfação. Sabemos que autonomia é processo e participar dessa construção é necessário e gratificante. Nosso aluno teve a orientação necessária para a organização dos grupos, para a escolha dos subtemas, para a elaboração do projeto e a liberdade e criatividade na confecção do produto final. Além disso, todo o apoio dos professores tutores, professores da Tecnologia Educacional e equipe da tecnologia da informação para a realização dos trabalhos quase que todo no ambiente escolar. É uma satisfação enorme ver o resultado e a felicidade de todos os envolvidos. Principalmente dos alunos”.
Já para Michelle Cristina Goulart Canilloi, professora de Educação Tecnológica, a Expo 2019 teve como objetivo principal ilustrar a cultura Maker e a Aprendizagem Criativa. O Movimento Maker é uma extensão da cultura “Faça Você Mesmo”, que incentiva a produção prática e manual por parte de pessoas comuns, fazendo-as criar, consertar e modificar objetos, desenvolvendo projetos com suas próprias mãos. A Aprendizagem Criativa visa a uma educação mais mão na massa, colaborativa e criativa, características que toda escola pode explorar. Os alunos estão envolvidos neste processo desde o início do ano em nossas aulas no Espaço Maker. Cada turma teve a autonomia de escolher um tema, passaram por um processo de Brainstorming (design thinking) para organizar as ideias. A partir disso, pesquisas e protótipos fizeram parte do processo até o dia da exposição, utilizando materiais de reciclagens, componentes eletrônicos e muita criatividade. Os Micromundos tiveram a identidade de cada turma, os alunos participaram com muita autonomia, entusiasmo e liberdade e todo o resultado pôde ser presenciado nessa linda exposição.
O nome do Colégio Jardim São Paulo vem com a abertura do curso Colegial em 1970. Aliás, a década de 1970 também foi marcada por expressivos feitos nas áreas esportiva e artística. Nesse período, o Colégio sagrou-se tricampeão das Olimpíadas da Cidade de São Paulo. O símbolo atual, que representa a Escola, foi criado por ideia e iniciativa dos alunos participantes dessa memorável conquista.
O trabalho pedagógico do colégio é voltado à preparação dos jovens para o futuro e para a vida prática, e tem suas bases fincadas no cuidado, no amor, na excelência e no respeito à formação do educando, valores cultivados desde a criação da Instituição.
Alunos e pais da Unidade Tremembé ressaltaram a causa animal através do projeto Kãotinho no Coração
Fernando Ciapini, pai da Maria Fernanda Ciapini, “destacou que o tema escolhido pelo grupo casou com o gosto pessoal da sua filha, ela adora animais. Ela possui dois, um cachorro e uma calopsita. Tenho em casa uma futura veterinária”, pontuou.
Para Joseildo Pereira da Silva, avô da Ariadne, da 6ª série D, é uma emoção muito grande presenciar este momento. O tema escolhido pela turma foi a Evolução do Cinema. “Minha neta adora história, arte, acredito que ela irá trabalhar na área da comunicação”.
Daniela Maeda, mãe de Caio Maeda, da 6ª série B, destacou a ansiedade pela realização do trabalho, porém pontuou o espanto do resultado das pesquisas realizadas por seu filho. O tema escolhido foi a quantidade de açúcar nas bebidas, como refrigerante, suco de caixinha, energético, entre outros. “Espero que ele veja o que é realmente saudável”.
Leandro Gimenez, chefe de gabinete na Câmara Municipal, pai da Isabeli Gimenez, do 7º ano C, destacou que a sua filha se preparou bastante para o evento. “Ela é muito dedicada, tenho muito orgulho dela”. Isabeli apresentou um trabalho que mostrou a importância dos animais e a necessidade de trata-los bem. “Temos que ter consciência”, finalizou.
O projeto Kãotinho no Coração esteve na Expo a pedido dos alunos do Colégio, que trabalham na reflexão da Causa Animal. A voluntária Ligia Kuistone explicou que o projeto trata atualmente de 200 animais, entre cães e gatos. “Todos os nossos animaizinhos foram vítimas de maus-tratos, e através dessa causa, realizamos adoções responsáveis e também pedidos por ajuda. Mensalmente, eles consomem cerca de 2 toneladas e meia de ração, fora os outros gastos com remédios. Por isso, a importância da divulgação realizada pelos alunos da escola, que foram, de sala em sala, falar sobre o projeto e levantar essa bandeira”.
Matéria originalmente publicada pelo jornal Semanário da Zona Norte. Clique aqui e visualize o seu conteúdo completo.