A Premier League anunciou nesta quinta-feira que os clubes ingleses entraram em um acordo para introduzir a vídeo-arbitragem (VAR) a partir do início da próxima temporada.
Lembrando que antes desta decisão, o VAR já estava sendo utilizado na Terra da Rainha, porém em caráter de testes, sem a interferência nas partidas e continuará até o fim da atual temporada, com prioridade às partidas simultâneas nas tardes de sábado (na Inglaterra).
Outra decisão tomada durante o encontro com os clubes, é que haverá um protocolo claro para comunicar as decisões do VAR aos torcedores, porém ainda sem um formato definido.
Agora, os dirigentes da Premier Legue farão um pedido formal à Fifa e a International Board para poder implementar o sistema na edição que será disputada em 2019-2020.
Com isso, a Liga Inglesa se juntará os outros campeonatos europeus, como o Espanhol, o Alemão, o Francês e o Português, que utilizam a tecnologia em seus jogos de futebol.
Quando é usado e como funciona?
O VAR é composto por um conjunto de câmeras que transmitem as imagens para uma sala isolada do campo, onde assistentes de vídeo podem rever as jogadas. Existem apenas quatro tipos de lances que podem ser revistos. Esta assistência pode ocorrer a pedido do árbitro (em caso de dúvidas em uma das jogadas que podem ser revistas), ou caso os assistentes observem um lance duvidoso e comuniquem o juiz da partida através do fone de ouvido.
Nesse momento, os assistentes de vídeo reproduzem as imagens em seus monitores e transmitem suas conclusões ao árbitro. É este último que toma a decisão final. Pode fazê-lo depois de também consultar as imagens em um monitor localizado na lateral ou confiar exclusivamente no critério dos assistentes.
Estes são os tipos de jogada que podem ser revistas pelo VAR:
Gols – Uma das funções do VAR é, segundo o site da FIFA, “ajudar o árbitro a determinar se houve alguma infração que impeça de validar o gol”. Inicialmente, pensava-se que o VAR não poderia corrigir o impedimento, porque este não é mencionado nas quatro situações (gols, pênaltis, cartões vermelhos e erros de identidade), mas, na verdade, o sistema está habilitado para reverter qualquer ação que possa ter influenciado um gol. Neste caso, dizem especialistas, o ritmo do jogo não é atrasado, porque o gol em si já paralisa a partida.
Pênaltis – Os assistentes asseguram que a decisão correta seja tomada ao se marcar (ou não) um pênalti.
Cartões vermelhos – Também colaboram para garantir que um jogador receba a merecida punição em caso de dúvida sobre a seriedade de uma falta ou infração.
Erro de identidade de jogadores – Em alguns lances com a participação de muitos jogadores, o árbitro não sabe quem fez a falta ou não vê o que acontece. Os assistentes de vídeo podem ajudá-lo a determinar quem cometeu a falta para não para advertir ou expulsar o jogador errado.
Matéria originalmente publicada pelo portal The Citizens Brasil. Clique aqui e confira o conteúdo completo.