21ª Festa das Nações contagia professores, pais e alunos no Colégio Imperatriz Leopolina (CIL)

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A 21ª edição da Festa das Nações ocorreu no último sábado (10/11), na sede do Colégio Imperatriz Leopoldina. Com o tema ‘A vida vale a pena ser vivida’ a data foi celebrada diante de muita festa e alegria. O evento é uma tradição da escola e as atividades procuram envolver o aluno no entorno da cultura e dos ensinamentos dos mais diversos países.

Fundado por imigrantes alemães em 1923, no bairro de Santana, o Colégio Imperatriz Leopoldina (CIL) foi criado para atender crianças alemãs e seus descendentes, moradores da Zona Norte. No início, chamava-se Hindenburg Schule (Escola de Hindenburgo), funcionava com três salas de aula e 60 alunos, e estava localizada na Rua Voluntários da Pátria, sendo mantida pela Sociedade Alemã de Santana e Arredores. No entanto, o espaço tornou-se insuficiente e, logo, passou para o endereço atual, onde recebeu outros nomes: Externato Pedro Doll, em função do nome da rua, que homenageia um imigrante alemão; Ginásio Imperatriz Leopoldina (GIL), em homenagem à Imperatriz Leopoldina, de origem austríaca. E, por fim, em 1971, passou a se chamar Colégio Imperatriz Leopoldina (CIL).

A Associação Cultural e Beneficente de Santana que é mantenedora do Colégio foi criada em 1954. Para o atual presidente da mantenedora, Flávio G. Holzchuh, “ver a transformação da escola é um motivo de muito orgulho, pois o colégio nasceu da necessidade dos filhos dos descendentes alemães em estudarem em um lugar mais próximo, pois o único local que havia estudo voltado para a cultura alemã na cidade ficava na Zona Sul. Naquela época, o bonde precisava atravessar o rio, e nos dias de enchente, as crianças ficavam ser ir às aulas. Diante desta dificuldade, nasceu a ideia de criar um espaço na Zona Norte que pudesse atender a todas estas necessidades. Em 1960, tínhamos 90 alunos e, hoje, desde a Educação Infantil até o Ensino Médio, cerca de 1.200 educandos, sendo uma associação democrática e aberta a todos os discentes”.

Flávio é neto de alemães, e ex-aluno do colégio e vê a Festa das Nações como um dia para se relembrar o que foi vivido, e celebrar a família e a união. “Transmitimos estes valores de geração para geração. Aqui há pais, filhos, netos que estudaram aqui e hoje, vejo a minha pequena Vivian, de 2 anos e meio se apresentar. É um motivo de muito orgulho, uma satisfação imensa celebrar esta data, é uma continuidade”, finaliza.

Para Dorotéia Bartz, diretora do Colégio Imperatriz Leopoldina “esse é um evento que acontece anualmente para festejar a vida no mundo todo, e neste ano, a Festa das Nações trouxe um tema interessantíssimo, onde as crianças pesquisaram a vida das pessoas e dos povos ao redor do mundo, viram os desafios que eles enfrentaram, as lições que eles nos deixaram, puderam aprender com as suas estratégias de luta, através das suas inúmeras batalhas, e principalmente, como eles venceram todos esses desafios, e quais foram as mensagens deixadas (legado) que eles nos propiciaram para que nós pudéssemos viver esta vida com dignidade. Aqui no CIL, todas as crianças são protagonistas do seu processo de aprendizagem, e todas são condicionadas a aprender, pois somos um colégio com espírito de universidade, e os alunos saem daqui com uma bagagem muito sólida”, finaliza.

Para Roseli Maccarrone Faccioli, que é coordenadora pedagógica do sexto ao oitavo ano, “nosso grande objetivo é que as crianças possam traduzir estes valores, que ensinados nas salas de aula e vivenciados nas atividades extraclasse, para as suas vidas, permitindo assim que elas sejam ainda mais felizes em suas atividades e escolhas de vida. Procuramos transmitir valores em todas as atividades desenvolvidas, e transformá-los em agentes de transformação no mundo, por isso, trabalhamos com metodologias ativas, onde o aluno estuda antes, e discute o tema em sala de aula. Além disso, trabalhamos com habilidades socioemocionais através de campanhas, como a Páscoa Solidária, Campanha do Agasalho, por exemplo, que envolve toda a comunidade escolar e seus familiares, buscando atender algumas necessidades que são inerentes à nossa sociedade, oferecendo aos nossos alunos a oportunidade de contribuírem para a construção de um mundo melhor. Essas ações favorecem a formação de cidadãos efetivamente capazes de intervirem na edificação de uma sociedade mais justa, possibilitando que saiam de suas zonas de conforto, a fim de beneficiarem o “outro”, fazendo despertar, dentro de cada um, a solidariedade e o verdadeiro exercício da cidadania. Na campanha da Páscoa, por exemplo, mais de 11 instituições foram presenteadas com chocolates doados pela comunidade escolar. No evento de hoje, por exemplo, arrecadamos 508 quilos que ajudarão diversas pessoas da região”.

Evelin M. Matthes, que é gerente administrativa da escola, vê a Festa das Nações, como uma grande oportunidade de rever antigos amigos e ex-alunos. “Ingressei no grupo, em 1978, e após 10 anos lecionando, recebi o convite para ir para a administração. O ambiente familiar é o mesmo, pois trabalhamos esta questão por aqui, e este é um valor que procuramos transmitir a todos. Minha mãe estudou aqui, eu estudei aqui, meus filhos estudaram aqui e hoje, irei ver a minha neta se apresentar pela primeira vez, ela tem 2 anos e meio, e está no Infantil 2. O meu neto já está no primeiro ano. Já estamos na quarta geração da família. É motivo de muito orgulho”.

Atualmente, o colégio ministra três línguas estrangeiras (alemão, inglês e espanhol), além das matérias referentes a cada curso, por meio da utilização de várias ferramentas de trabalho. A informática, por sua vez, está presente em todos os componentes curriculares através da interdisciplinaridade.

Uma das novidades que o colégio irá apresentar no próximo ano, será a introdução do projeto “Super Cérebro” na sua grade extracurricular. A psicóloga Luzia Flavia Coelho Scaramuzza estará à frente dos trabalhos, que visam desenvolver competências cognitivas (raciocínio lógico, cálculo mental, memória e concentração) e socioemocionais (liderança, estratégia, sociabilidade e cooperativismo).   “No item Competências Cognitivas, por exemplo, iremos desenvolver atividades com as crianças utilizando ferramentas Soroban (Ábaco Japonês), que permitem efetuar as quatro operações básicas de matemática, além de raiz quadrada e raiz cúbica. Com o uso dessa ferramenta é possível desenvolver competências cognitivas do cérebro, entre elas: raciocínio lógico, cálculo mental, memória e concentração. Através dos Jogos de Tabuleiro, que são responsáveis por desenvolver o senso estratégico, o raciocínio tático, a cooperação e a socialização, veremos como as crianças pensam e agem de forma cooperativa, e procuraremos desenvolver uma competição saudável entre os participantes. Com os Jogos Criativos, procuraremos estimular a visão espacial e a quebra de paradigmas para a sua solução. Auxiliando também na inteligência interpessoal, intrapessoal, espacial, cenestésica e lógico, matemática. Através destes métodos iremos aumentar a capacidade atencional das crianças, gerando uma melhora cognitiva”.

Nesse sentido, o Colégio Imperatriz Leopoldina busca manter um elevado padrão de qualidade de ensino em todos os cursos oferecidos pela escola, desenvolvendo princípios de solidariedade humana, valorizando o profissional de educação, oferecendo conhecimento científico através de conteúdos necessários para o desenvolvimento do educando, ampliando e recriando suas experiências, articulando o saber organizado da teoria com a prática, tornando-o, assim, capaz para resolver problemas cotidianos e profissionais.

Para Fábio Gonzalez Novaes, pai da Sofia, de três anos, que atualmente cursa a primeira série do Ensino Infantil “esta é a segunda vez que a minha filha participa dos eventos da escola, e é muito emocionante para nós, vermos tudo isso. Estas atividades são ótimas”.

O Ensino Infantil procura acolher a criança com muita atenção e com muito carinho, sabendo que será sua primeira experiência longe da família. Sendo assim, a escola trabalha a integração e oferece, ao educando momentos de aprendizagens significativas, propiciando bem-estar, ampliando e enriquecendo as aprendizagens, promovendo a educação integral e a construção da identidade pessoal e coletiva do aluno.

Para Carlos Morelli, pai do Eduardo, de 8 anos, que atualmente cursa o segundo ano, “a escola tem sido excelente para o desenvolvimento do seu filho, que estuda normalmente pela manhã, e à tarde, cursa Robótica. Ele adora as aulas” conta.

Cris Regiane Meneses Oliveira, mãe do Henrique de 8 anos, conta que esta será a segunda vez que verá o seu filho dançando. “Este tipo de atividade é um estimulo para ele, além disso, ajuda no aprendizado de outras culturas, e na realização de atividades artísticas, tornando-o cada vez mais participativo. Além disso, há uma boa integração entre todos no colégio. O ambiente no colégio é muito bom”.

Luiz Augusto Koch, pai do Júlio e Vítor, de 8 anos, do 2º ano, diz, “que a escola tem ajudado muito na formação dos seus filhos, pois eram tímidos, e hoje estão mais expansivos. O dia a dia no colégio tem ajudado, e as disciplinas cursadas aqui têm colaborado para isso. Além disso, este tipo de evento, possibilita que eles possam conhecer a cultura de outros países, seus costumes, o idioma, a comida, é muito legal”.

Já Cristiane Morais Remesso da Fonseca, mãe da Bárbara, de 10 anos, que atualmente está na quinta série, conta que a filha adora o colégio, os amigos, os professores e o ensino. “Minha filha tira boas notas e interage bastante com todos. Como ela é muito comunicativa, este tipo de atividade, e apresentação dos trabalhos acadêmicos durante a Festa das Nações, fazem com que os alunos desenvolvam aptidões visando o seu futuro. Os preparativos para a apresentação foram desde a chegada ao colégio (para que fossem evitados atrasos), com a roupa e a fantasia que serão utilizadas durante o dia, até o texto que foi devidamente decorado”.

No Ensino Fundamental I consolidam-se a base e os pré-requisitos necessários para a aprendizagem e o pleno progresso educacional, que abrange todas as áreas do saber. Sendo assim, o colégio oportuniza ao educando o desenvolvimento de habilidades e competências, por meio da investigação, ponderação, tomada de decisões e de outras estratégias diferenciadas, e busca propiciar a formação de cidadãos críticos e atuantes na sociedade, capazes de conhecerem, analisarem, ponderarem, inferirem e posicionarem-se, sem esquecerem o cuidado com a natureza, o carinho, a socialização e a reflexão sobre o que se aprende sobre aspectos fundamentais para o crescimento integral.

O Ensino Fundamental II tem como objetivo desenvolver novas habilidades e competências, impulsionar pesquisas e saberes ainda não descobertos, aprofundar conteúdos já adquiridos, intensificar o estudo de línguas estrangeiras, estimular a autonomia, a responsabilidade, a criatividade, o senso crítico e a reflexão sobre o que se aprende.

Além disso, o processo de aprendizagem envolve, não só os conteúdos disciplinares, mas também as atividades culturais e de estudo do meio, assim como vivências que integram os diferentes componentes curriculares e fortalecem o crescimento do estudante.

Cinthia Mussato de Almeida Passos, mãe do Arthur e do João, que cursam o sexto e o quarto ano, “essa é a festa mais importante da escola, pois os alunos trabalham bastante nestes projetos. Aqui eles desenvolvem não só a parte física (dança), mas também estudam todos os componentes do currículo, pois é preciso estudar a história, preparar textos. É muito gratificante prestigiar estas reuniões. Este é um dia especial para eles”.

Para Melissa Mazzoni, mãe do Fábio, do sexto ano, “essa iniciativa da escola é excelente para o aprendizado das crianças, que desenvolvem inúmeras habilidades, entre elas o respeito um pelo outro. Fábio cursa teatro e realizou uma atividade com bonecos, porém já cursou robótica. Ele adora os cursos daqui”, finaliza.

Com duração de três anos, o Ensino Médio do Colégio Imperatriz Leopoldina visa consolidar e aprofundar os conhecimentos já adquiridos no Ensino Fundamental, privilegiando o conhecimento como um todo. O projeto pedagógico tem, como meta acadêmica, preparar os alunos para os desafios do Ensino Superior, e desenvolver habilidades e competências, que são exigidas no Mercado de Trabalho.

O Colégio também oferece os cursos extracurriculares de Ateliê de Pintura, Coral, Espaço Maker, Linguas Estrangeiras, Robótica, Teatro, Treinamento Esportivo entre outros. Além da exibição dos trabalhos e da integração dos pais com as atividades da escola, o Colégio ofereceu um espaço denominado de “Bazar”, que arrecadou fundos para o Orfanato e Azilo que a escola ajuda.

Ingrid Karl trabalha há 18 anos, e vê esta atividade como uma forma de rever antigos amigos, além de poder reviver bons momentos de sua vida. “Eu faço toalhas com bico de chochê e bordados em geral. Gosto muito de participar, antigamente o nosso espaço era dentro de uma sala de aula, e hoje temos um espaço maior, onde todos os expositores ficam juntos, facilitando não só para nós, que estamos aqui para colaborar, mas também para quem está aqui para passear, realizar suas compras e aproveitar este dia festivo do colégio. Meus filhos e netos estudaram aqui. É uma emoção muito grande voltar ao CIL”, finaliza.

Matéria originalmente publicada pelo jornal Semanário da Zona Norte. Clique aqui e confira o conteúdo completo. 

Eduardo Micheletto
Eduardo Michelettohttp://www.minutomicheletto.com.br
Jornalista e Radialista, pós graduado em Comunicação Organizacional e Comunicação e Marketing, além de ter realizado diversos cursos de extensão nas áreas de Marketing Digital e Experiência do Usuário (UX). É Diretor da Micheletto Comunicação e membro da Associação Profissão Jornalista (APJor).

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